me lembro de a crítica na minha adolescência ser tão pesada contra a doris day.
branca, virgem, cristã…
como se ela tivesse sido a única a representar certos valores nos filmes de uma hollywood sob censura até o início dos anos 1970…
comediante das melhores, cantora que podia dançar…
eu amava que hitchcock a tivesse entendido bem, estendendo sua atuação para o drama. e que ela tivesse feito “pillow talk”, entre outras comédias com rock hudson, para alegrar as minhas tardes.
e além de tudo doris foi amiga de hudson até o fim, sem ligar pra qualquer histeria do público e da imprensa de seu tempo em relação à aids que ele contraíra.
me lembro da perseguição que ele sofreu para declarar-se gay, e me lembro de um artigo de ruy castro defendendo a divulgação da informação como “relevante”.
doris day era maior.