
Quando penso em mulher bonita, talvez por eu mesma ser mulher, não me vem a imagem de uma Lupita Nyong’o, com aquela exuberância e nobre perfeição, nem a de uma sensual Scarlett Johansson, embora considere esta uma atriz muito inteligente, a ponto de estar casada com um comediante.
Alguém muito bonita pra mim é como a Chantal Akerman era, com esses olhos translúcidos de paixão e sofreguidão, corajosa e doce ao mesmo tempo, ousada em expor o ritmo da vida e das paisagens, além daquilo tudo que se passa dentro de nós mulheres comuns e explode em gestos de apreensão e demora.