
Para viver, preciso dos
enfeites multiplicados,
dos retratos
de autoengano
vingando dores antigas.
O tempo me arredonda
ruim.
Não dorme ao meu lado,
o tempo.
Ele percorre outras moradas elegantes,
destrói os acertos que ingenuamente colecionei.
Contra o grande aniquilador,
no entanto,
resta meu olhar,
que procura o seu até o fim.