
Ainda bem que alguns amigos do meu face, como a Anita Galvão, me ajudam nessas horas. Hoje de manhã, rachei o bico ao saber de uma nova fake news da bravata dos doido, que ela nos contou por lá, gargalhando. E depois do café com facebook, fui à feira.
Perguntei ao vendedor se ele pagava menos taxa quando eu levava os limões no débito, em lugar do crédito.
O sujeito, que antes conclamava com mau humor as freguesas a gastarem com ele seu suado dinheiro, fechou a cara ainda mais.
– É tudo a mesma porcaria. E agora, ainda mais, vão começar a cobrar pelo Pix em 1 de janeiro.
– Fake news, meu amor!
– Ah, é? E o que faziam os banqueiros ao lado do cara?
Pensei. Não vou ficar braba. Nem vou jogar os limões aqui. Vou pagar pra me divertir.
– Verdade, né? E o Paulo Freire, que vai virar ministro da Educação?
– Então? – respondeu, sem que eu conseguisse identificar a cor da cara azeda numa escala pantone. E emendei:
– Vai virar nem sei como, porque o Freire morreu tem uns 30 anos, amigo!
– Quero é ver!
– Aí que está, não vai ver!
E continuou me respondendo, meio sem braços, feito o cavaleiro negro do Monty Python. Jamais volto nessa barraca, porque o problema com essa limonada de cérebros é a gente não se divertir direito com ela, já que, como sabemos, não dispõe de cognição pra entender piada.
E seguimos com Bezerra da Silva, malandro é malandro, mané é mané!