da cor dos teus cabelos

sapeio as conversas, leio as redes sociais.

e todos os dias observo isto em alguém muito jovem:

em lugar de enxergar naquele que envelhece o ardor por compreender as coisas, aponta-se nele a inadequação.

a lentidão.

o ridículo.

“seu vovô!”

e seu espaço de ação, quando existe, pouco a pouco se abre ao abismo…

não posso deixar de supor que atingimos o buraco fundo também por conta deste pensamento.

tudo bem que a juventude exija o espaço dos ventos!

tudo muito bem que os cabelos sejam fortes, leves, soltos e livres!

mas se um dia nem cabelos iremos ter, o que faremos com a cabeça que sobrou?

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