Creio que haja tantas ideias sobre como o humor deva funcionar quanto piadas de loira burra.
Nunca conheci uma loira burra, mas fico com uma ideia.
Minha ideia é de que o humor funciona apenas quando momentaneamente (o momento sublime da tirada, da piada, do dito) liberta o oprimido de sua condição, aliviando-o do fardo de viver. Não acredito no humor do coronel, do opressor se rindo de quem é oprimido ou de quem luta por ele. Isto pra mim não é humorismo. Talvez assassinato, extermínio.
“O humor deve visar à crítica, não à graça”, me ensinou o Chico Anysio.
E meio que dessa ideia não abro mão.