Existe um bar em São Paulo, o Fel, no Copan, que desaconselho a vocês. Não pela qualidade dos drinques, que é boa. Mas acontece assim. Os donos, atrapalhados porque fecharam o bar por muito tempo na pandemia, agora querem recuperar o dinheiro perdido. E para isso fazem o quê? Nos obrigam a sentar lado a lado no balcão, sem pular lugar, sendo que o estabelecimento é fechado e naturalmente, para beber o drinque, tiramos a máscara.
Quando, muito irada, reclamei por mensagem direta aos donos, e minha reclamação ainda atingia o tratamento burocrático e mal-humorado do barman (uma pena, porque eles tinham profissionais ótimos nessa área…), a resposta que recebi foi inacreditável.
Responderam que obedecem às ordens sanitárias do governo. (E eu pensei: a ordem sanitária é para não deixar lugares vagos entre os clientes?) Também informaram que hoje em dia mal andam sobre as pernas, que apenas amortizam dívidas e não têm lucro pra maximizar, respondendo a um questionamento “sem empatia” que fiz sobre em que mundo viviam.
Sem empatia? Minha empatia é para com minha sobrevivência.
Dessa resposta, veio a certeza de que eles estão apertando mesmo as pessoas no balcão para que o bar sobreviva. Mas a pandemia não acabou, certo? Ou só eu mesma acho isso?!
O interessante mesmo pra mim foi ler essa frase do sócio Bruno Bocchese, que só faltou me mandar para aquele lugar na DM: “Sua mensagem levou quase uma semana para ser respondida não porque não havia sido lida, mas porque, talvez, nem merecesse resposta.”
Sinceramente, acho que foi o contrário.
Eles é que não mereceriam que eu os tivesse alertado.
Como diz um ditado árabe, “graças a deus não precisamos deles”.
Fica a dica.