Mania de chover

Ontem a caminho de Pinheiros, o mausoléu…

Ganhei um resfriado forte.
E os quilos a mais, já venho ganhando faz tempo.
Estas teriam sido duas boas razões a impedir minha saída de casa nessa chuva para ver… pessoas.
Mas mesmo assim saí.
Eu havia me prometido assistir ao show de Saulo Duarte, Anaïs Sylla, Victoria dos Santos e Caê Rolfsen que reabriria o Bona, casa-restaurante de Pinheiros.
Fui e ainda bem.
Que delícia de show, dê uma olhadinha.

Palhinha de show


Eles são talentos muito diferentes e juntos se parecem com amigos de infância.
Um pouco acanhados com aquela rentrée, talvez?


Já eu sou acanhada sempre.
E na casa de show me senti a mais velha das criaturas.
Porque ainda por cima vocês me enganaram.
Ninguém deixou de pintar o cabelo na pandemia, não…
A certa altura fui apresentada à grande Anaïs e só me ocorreu dizer “prazer”, como se eu fosse a tia da secretaria recebendo a estudante nova.
Não sei se vocês já assistiram ao Seinfeld, mas às vezes eu tenho o sentimento de inadequação do George Costanza e quero consertar as bobagens que fiz rápida e transtornadamente, como ele.
Contudo, nesta noite, nem me mexi.
A gente se desabitua à vida, sabe?
E de máscara, se não nos conhecem, não existimos.

Lotar realmente é uma
qualidade, certo?


Pra ser sincera, fiquei temerosa mesmo foi com o tanto de gente pra ver o show.
Mas dominei o pânico.
Quando saí de lá, de quebra, pude ver pela janela do uber a coisa estranha que Pinheiros vem se tornando.
O que é aquele canteiro de obras concorrentes ao maior paliteiro do mundo?
Paliteiro não…
Está mais pra mausoléu.
Obrigada pela atenção, mores, e parabéns a vocês que permanecem em casa escondidinhos de todo mal, amém.

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