Nesta casa onde há músicos tão bons, sou o patinho feio da canção.
Mesmo assim, me ponho a cantar toda manhã “O Amor”, a grande versão de Caetano para o poema de Maiakovski. É um compromisso que assumo, uma reanimação para as noites em que os sonhos têm sido estranhos, vingativos contra mim.
Tenho até mesmo cometido gravações no celular ao balançar na rede, à tarde e à noite, certa de que isto não melhorará minha voz, que é um falar. E tenho dançado com ela, ainda que muito mal.
Mas não importa.
Este é mais um jeito de seguir a sugestão que me faz a estrela Sandra Miyazawa: dance! Cuidar do corpo assim será um carinho a praticar comigo mesma neste isolamento.
Vi a Sandra algumas vezes, nunca suspensa no ar, como só ela, tão linda, sabe fazer por nós, pela justiça e a igualdade entre os homens.
E não sei se ela já me viu pessoalmente.
Mas fico muito feliz com a inspiração que ela me dá, a mim e a tantas mulheres como eu.
Meu beijo especial do dia, querida.
Vou voar e cantar também. 💜