Na moral

Se eu tenho uma boa recordação da escola onde estudei? Tenho uma divertida.

Eu era muito boa aluna de português, adorava análise sintática e escrevia bem as redações pedidas, às vezes poesias, além de me esmerar em declamar poemas clássicos de cor (sim, eram coisas estimuladas pelo povo lá de trás e eu fazia isso “de coração”, porque tornava minha vida menos triste). E enquanto isso tinha de me esforçar em ciências, exceto em biologia.

Quando estava terminando o Ensino Médio, os professores me perguntaram o que eu iria cursar. Disse jornalismo (estava em dúvida entre jornalismo e psicologia), até porque meus pais haviam me apoiado integralmente na decisão. Então estranhei quando os professores reagiram: “Que é isso, você merece coisa melhor!”

Adorei desobedecer meus professores e o colégio então.

Mas hoje entendo o que pensavam naquele tempo. Jornalismo era para a ralé. E eu deveria cursar direito ou estudar diplomacia, coisas muito mais de bem para o povo de humanas então.

Lembro disso e não paro de rir, acho que de nervoso mesmo. Se tivesse seguido uma carreira diplomática, talvez já estivesse aposentada ganhando bem. E no direito, concursada, não enfrentaria muito problema, acredito, só mesmo o trabalho a fazer.

Escolhi errado, porque jornalismo não dá dinheiro e, no atual momento, muito menos moral.

Mas é vida que segue que chama?

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