A pandemia me afastou dos poucos amigos que eu tinha pra olhar nos olhos.
Sinto tanta falta deles, embora tenha muita sorte de viver com minha família e poder senti-la também assim pelo olhar.
Com esses poucos amigos era apenas um outro jeito de partir.
Sou alguém sempre em viagem, embora quieta, surda e muda pras grandes expectativas.
Todo dia é um grande movimento pra mim.
E minha casa fica lá de trás do mundo onde eu vou (voo?) em segundo quando começo a pensar, ô felicidade!
Vi hoje o documentário sobre Leonard Cohen e Marianne na Netflix, sugerido
pelo querido Gabriel Barcelos, no Facebook, e estou muito necessitada de segurar minhas malas.
A inquietação que ninguém adivinha.
Uma definição de amar.
Como é difícil o amor!
Não li a autobiografia do Cohen por medo do que encontraria.
Eu tinha razão.