Dormi mal. Tenho dormido assim há alguns anos. E ontem ainda tive uns dissabores, pequenos mas decisivos, que confundiram meu sono ainda mais. Me incomoda tanto a falta de graciosidade, de delicadeza por parte de pessoas adultas, que vocês nem calculam… O corpo estremece todo, como se chorasse. Mas não tenho direito de reclamar, pois, como sabemos, tantas coisas piores estão em curso.
E, felizmente, as melhores também.
Hoje de manhã, por exemplo, ainda com muito sono, fui informada de que duas agentes do SUS estavam à minha espera na portaria do prédio. Desci com a rapidez possível, com meu descabelo, e quase as abracei, como fazia antes.
As duas vieram especialmente para me entregar um formulário de agendamento da mamografia. Desde que a pandemia começou não vou a médicos, explico a uma delas, a mais inconformada com meu afastamento das rotinas. Claro, fui ao ortopedista e ao oftalmo em duas emergências, fiz exame num hospital lotado e acompanhei meu filho num procedimento. Só isso. “Mas na sua idade”, pareciam me responder…
Enfim, também me convidaram ao papanicolau sábado, dia em que será possível submeter-se ao exame na UBS sem marcação.
Essa preocupação comigo, não me acostumo… E no entanto é tão emocionante, tão procedente no nosso grande país.
Viva o SUS, como se diz, viva o Brasil.
Que estes dois possam novamente existir.