Os fascistas não se lixam pra economia.
Pra governar.
Ganham a eleição apenas para motivar à destruição as multidões temporariamente iludidas por segurança e estabilidade.
Haja espetáculos, xingamentos e palavras de ordem para que o oprimido tudo aceite e impulsione.
Enquanto isto é feito eles concentram dinheiro e poder para a burguesia, os donos de terra, os bancos, a indústria de armas.
Num modelo fascista de origem, uma elite nacional era a receptora dos recursos.
Agora não somente.
No Brasil, caso inexista resistência, praticaremos a conhecida expansão territorial. E, detalhe, não para nosso usufruto, mas principalmente para que EUA e seu estado-terrorista satélite, Israel, possam acumular e controlar nossas riquezas naturais.
É preciso incutir na multidão ignorante a extrema necessidade de combate.
O fascista transforma a guerra, o litígio, em coisas imprescindíveis.
Por isso a publicidade constante não é uma opção, mas uma necessidade.
Antes, Hitler e Mussolini precisavam de grandes eventos militarizados ao ar livre pra exercer esse fascínio. E fortaleciam o rádio, seus jornais e o cinema pra transmitir tais ideias.
Durante o fascismo italiano, funcionava até mesmo uma revista de crítica de cinema pelo bem da indústria.
A revista, dirigida pelo filho do Duce, acolhia entre seus escritores um jovem Antonioni, por exemplo.
Só pra vocês terem uma ideia da importância do cinema então…
Mas no Brasil de hoje nada disso parece ser tão necessário.
Basta a tevê do bispo.
O Carlos Bolsonaro.
E os propagandistas-pastores-postosipiranga para as ideias do desmonte, ministros e primeira-dama eficazes na comunicação com velhos e potenciais fiéis.
A bobajada que sai de suas bocas sujas, sempre prontas ao ataque, existirá portanto cotidianamente e em grande quantidade.
Aposto que danares e bozóica ganham um dinheirinho específico pra aparições cor-de-rosa…
“Toma aí um trocado pra comprar na Animale do shopping” é a frase que me vem.