Que pena.
Morreu a Mariza, que era mesmo fenomenal. Artista de primeira. Seu físico me lembrava o do Miles Davis nos anos finais, um “tô passando por aqui, nem aí pra vocês”.
Resolvia qualquer pepino que fosse preciso ilustrar no Caderno de Sábado, por exemplo, o suplemento semanal cultural que o JT extinguiu bem antes de dar um fim a si mesmo (tenho a impressão de que se foi tb por desprezar a cultura…). Ela sabia interpretar o fato e levá-lo além.
De vez em quando, vamos lá, quase sempre, pedia dez mangos pra quem estivesse perto e sumia com eles. Se eu tinha, dava, fazer o quê? Uma vez, o ilustrador principal do JT, me fugiu o nome, perguntou a ela antes de lhe emprestar, sorrindo: “Mas você devolve, né?”