Em 7 de dezembro de 2016.
Sonhei com o Ewan McGregor. Eu passava por um corredor e o via numa cadeira de metal bebendo com amigos. Dizia-lhe oi. Ele morria de rir. E eu retrucava diante da figura de cabelo comprido, um pré-obi-wan: “Dou oi pra todo mundo, em todo caso, porque sou míope, não só por ser você.”
Que raio de sonho com Ewan, quando na semana inteira pensei em Alain Delon, sobre como se dava isso de ele ser uma divindade fria? (Enquanto do outro ator, nos últimos tempos, tenho mais apreciado seu perfil no Instagram: motocicletas e causas, causas e motocicletas.)
Ewan queria me dar uma entrevista, mas não conseguia falar. Não se lembrava de nada. E eu, paciente, à espera. Tanto esperava que perdia meus sapatos. E, largada no boteco sujo à noite, saía pra casa de meia, pelo chão alagado, sem saber como voltar.