
As qualidades do meu pai como fotógrafo eram imensas.
Imensas mas severas.
Todos tínhamos de posar em nosso melhor estado pra ele.
Porém, aqui, não foi possível que ele nos controlasse a este ponto.
Meu irmão caçula dava seu primeiro passinho, com um ano, e a arrumação não iria funcionar!
Foi também uma das únicas fotos que ele fez neste trecho de calçada estreita onde estava o prédio da rua Santo Antônio, para onde nos mudamos.
E sobre mim?
Eu era uma espécie de mãe alternativa do meu irmão.
Mas me parecia com um menino da época, com meus cabelos repicados e meu short-e-camiseta.
Me chamavam de menino também.
“Ei, menino!”
Eu não ligava.
Menino era só liberdade.