
Extraí esta foto de “Hino de uma Consciência”, de Douglas Sirk, na desesperada tentativa de reter um pouco da sequência deste filme de 1957 em que órfãos coreanos (os atores eram realmente órfãos coreanos) escapam para a “liberdade”.
Amo tudo o que fez este cineasta alemão amigo de Brecht, que começou no teatro e fugiu de seu país para os EUA porque a esposa era uma judia sob Hitler.
E quando digo amo é porque amo mesmo tudo, desde o mais insignificante, tolo, americanista e carola de seus filmes, até os clássicos que mais me interessam, os que movimentam os sentimentos para bem localizá-los em nós.
Não é tanto um cinema de palavras o deste diretor formado com o mudo.
Ele mais sugere que entrega.
E é cinema, só.
Só colocaria o “só” do final entre aspas. Porque, lembrando o que outro gênio (Stanley Kubrick) ensinou, o cinema é grandioso justamente em seus momentos mais lacônicos.
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